As suas preferências desta sessão foram atualizadas. Para alterar permanentemente as configurações da sua conta, acesse
Lembre-se de que é possível atualizar o país ou o idioma de sua preferência a qualquer momento em
> beauty2 heart-circle sports-fitness food-nutrition herbs-supplements pageview
Clique para ver nossa Declaração de Acessibilidade

4 consequências do tempo de tela + o que fazer

7,565 Visualizações

anchor-icon Índice dropdown-icon
anchor-icon Índice dropdown-icon

O adolescente médio passa aproximadamente 70% do tempo olhando para alguma forma de tela digital. Crianças, principalmente durante os anos da adolescência, passam boa parte do tempo se conectando com amigos através das redes sociais. Porém, tempos de tela mais longos podem levar a consequências mentais e físicas negativas. 

Com muitos países considerando o aprendizado on-line à distância, crianças e adolescentes terão uma exposição ainda maior às telas digitais. Abaixo, seguem algumas dicas de como otimizar o aprendizado à distância para uma criança ou adolescente, abordando possíveis consequências negativas.

‌‌As desvantagens do tempo de tela excessivo

1. Maiores chances de depressão e ansiedade

Estudos demonstraram uma correlação entre a quantidade de tempo usando as redes sociais e maiores taxas de depressão e ansiedade. 

2. Pescoço tecnológico

Com mais tempo consumindo conteúdo digitalmente em aparelhos portáteis, crianças e adultos estão forçando mais seus pescoços, levando a um problema chamado de “pescoço tecnológico” ou “postura de cabeça para a frente.” 

3. Dores de cabeça

Com um aumento na quantidade de tempo em frente a telas, os olhos das crianças provavelmente terão mais desconforto, fadiga e falta de umidade, o que pode até levar a dores de cabeça.

4. Esforço dos olhos

O aumento no tempo de tela tem sido correlacionado a um maior esforço dos olhos, ou síndrome da visão de computador (CVS).

‌‌‌‌4 formas de lidar com a saúde mental com o aumento do tempo de tela

Assim como ocorre com muitas mudanças imprevistas, as crianças podem sofrer de ansiedade devido a incertezas, principalmente quando se trata do aprendizado on-line; esse é um período em que as crianças estão aprendendo sobre relações sociais, desenvolvendo um senso de si mesmas e definindo suas próprias identidades.

Portanto, é bom ter um plano organizado sobre como lidar com o aprendizado à distância.

  1. Defina limites: Limite o uso do celular e do tablet da criança enquanto participarem de aulas on-line. Isso limitará distrações e permitirá que ela foque em uma tarefa por vez, sem se sentir sobrecarregada ou mais confusa.
  2. Crie um espaço para o aprendizado: Assim como os adultos precisam de um espaço para trabalhar, as crianças precisam de um espaço para estudar. Tente criar um espaço específico que elas possam usar para assistir a aulas on-line; certifique-se de que esse espaço seja calmo e que elas possuam um assento ergonômico para evitar dores no pescoço.
  3. Lembre-se do recreio: Lembre-se que as crianças precisam de uma pausa. Isso não só as ajuda a focar novamente na tarefa, mas também permite que os olhos recuperem o foco.
  4. Seja tradicional: Imprima tarefas, se possível, e faça a criança trabalhar com papel e caneta. De acordo com uma pesquisa publicada pelo Journal of the American Medical Association Pediatrics, também foi demonstrado que a leitura de livros físicos é melhor para o desenvolvimento do cérebro das crianças em comparação à leitura em tablets.

‌Priorize o conforto para evitar o pescoço tecnológico

O aprendizado on-line à distância requer olhar para a tela de um computador por longos períodos de tempo. É muito importante dar atenção ao conforto ao assistir a aulas on-line. Com uma maior exposição a mídias sociais, as crianças estão apresentando casos de dores no pescoço com mais frequência, devido ao pescoço tecnológico.

A cabeça pesa cerca de 5 quilogramas e, com cada ângulo de flexão, seu peso aumenta, alcançando um máximo de três vezes seu peso normal. Manter a cabeça em uma posição flexionada por longos períodos de tempo pode levar a alterações na postura e a uma dor de pescoço crônica.

Com a cabeça inclinada para a frente durante provas, estudo, uso da internet e videogames, os ombros das crianças podem se arredondar enquanto a cabeça desce para a frente, dificultando a expansão da caixa torácica na respiração profunda. Isso pode ser prejudicial para crianças que têm problemas para regular o humor, por não conseguirem respirar de forma profunda e relaxante.

Portanto, certifique-se de que o topo da tela do computador fique no nível dos olhos da criança, e peça para que ela sente-se reta na cadeira, com o quadril no fundo do assento, alongando-se durante as pausas e evitando períodos prolongados olhando baixo durante o uso de celulares e tablets. 

‌‌Garanta uma saúde ocular apropriada

A dor no pescoço não é um problema isolado quando se trata do aprendizado on-line à distância. A dor no pescoço também é correlacionada a um maior esforço dos olhos, o que faz com que a criança flexione mais o pescoço para tentar ler o que está na tela, e isso pode levar a dores de cabeça, principalmente se a criança sofrer de enxaqueca.

A síndrome da visão de computador (CVS) está relacionada ao tempo excessivo passado em frente a telas digitais, e as crianças sentem os mesmos sintomas que os adultos, incluindo desconforto nos olhos, fadiga, dores de cabeça e olhos secos.

Lembre-se, as crianças e os adolescentes não sabem que podem estar desenvolvendo sérios danos a longo prazo, pois esses efeitos não são notados no curto prazo. Uma dieta rica em antioxidantes, suplementada com vitaminas C e E e zinco pode ajudar a reduzir o risco de certos problemas oculares, incluindo a CVS.

‌‌‌‌O que fazer sobre as dores de cabeça

Se passar o dia olhando para a tela do computador estiver levando a dores de cabeça, principalmente a enxaquecas, existem algumas formas naturais de lidar com o problema. Um estudo clínico duplo-cego randomizado descobriu que o gengibre pode ter um efeito melhor que o sumatriptano, um medicamento para a enxaqueca. Outro suplemento natural que, segundo estudos, pode ser efetivo para a enxaqueca é a cúrcuma. Esses dois temperos são ótimas alternativas, que podem ser usadas para dar sabor a uma dieta saudável ou podem ser consumidos nas formas de suplemento, pó, chá ou extrato.

‌‌‌‌3 suplementos a considerar ao passar mais tempo dentro de casa

À medida que a criança faz a transição para o aprendizado on-line, uma dieta saudável, rica em antioxidantes, dará a ela o combustível necessário para que ela tenha sucesso. Converse com seu pediatra se estiver considerando suplementar a dieta, principalmente se a criança ou adolescente tiver problemas para comer.

1. Magnésio

O magnésio, que é encontrado em vegetais folhosos, abacates, nozes e grãos, pode ajudar com o relaxamento e alívio do estresse e da ansiedade, melhorando o humor geral. A formulação de citrato de magnésio em muitos comprimidos e pós também pode ajudar se seu filho desenvolveu prisão de ventre por se sentar por boa parte do dia.

2. Vitamina B6

A vitamina B6 e os folatos são outras vitaminas que também podem ajudar com o humor e com a saúde da pele, dos olhos e dos cabelos. Elas são importantes vitaminas, que ajudam o corpo a converter alimentos em glicose. A glicose é muito importante quando se trata do aprendizado, pois ela é a principal fonte de energia do cérebro. Fazer uma suplementação com essas vitaminas pode ser benéfico, pois elas são hidrossolúveis e o corpo não as armazena. 

Multivitamínicos para crianças são ricos em vitaminas do complexo B, portanto, tomar uma dessas diariamente pode auxiliar o funcionamento físico e mental da criança.

3. Vitamina D

Devido ao ensino on-line à distância, as crianças estão perdendo a oportunidade de brincar em áreas abertas e a serem expostas à luz solar natural. Isso pode levar a uma deficiência de vitamina D e cálcio, que são importantes para o desenvolvimento de ossos saudáveis. A deficiência de vitamina D também foi associada a taxas mais altas de depressão e ansiedade.

É importante se lembrar de discutir com seu pediatra sempre que você considerar começar a dar suplementos ao seu filho, pois cada suplemento possui recomendações de consumo diário diferentes, e pode interferir com qualquer medicamento prescrito que seu filho possa estar tomando. 

Alterações inesperadas podem ser um desafio para qualquer criança ou adolescente. Porém, ter um plano que seja adaptável, flexível e consistente com os valores da família pode ajudar as crianças a terem sucesso com o aprendizado on-line à distância enquanto também se equilibra seus tempos de tela. A American Academy of Pediatrics criou um modelo de um Plano Familiar de Uso de Mídias, que sua família pode adaptar de acordo com seus valores e estilo de educação para alcançar seus objetivos. O mais importante, se você for começar a dar qualquer suplemento alimentar mencionado neste artigo ao seu filho, lembre-se de consultar o pediatra da família.

Por último, a socialização é uma parte importante da infância, que pode ser afetada pelos requerimentos do ensino on-line à distância; portanto, trabalhar com a criança para identificar formas de ter um contato social é tão importante quanto o aprendizado educacional e a saúde física dela.

Referências:

  1. The American Academy of Pediatrics. AAP: Finding Ways To Keep Children Occupied During These Challenging Times.; 2020. https://services.aap.org/en/news-room/news-releases/aap/2020/aap-finding-ways-to-keep-children-occupied-during-these-challenging-times/. Accessed July 19, 2020.
  2. Bulboacă, AE, Bolboacă, SD, Stănescu, IC, Sfrângeu, CA, Bulboacă AC. Preemptive Analgesic and Antioxidative Effect of Curcumin for Experimental Migraine. Biomed Res Int. Published online October 24, 2017. doi:10.1155/2017/4754701
  3. Chassiakos, YR, Radesky, J, Christakis, C, Moreno, MA, Cross. C. Children and Adolescents on Digital Media. Pediatrics. 2016;138(5):e20162593. doi:10.1542/peds.2016-2593
  4. Multimedia Encyclopedia - Penn State Hershey Medical Center - Vitamin B6. Penn State Hershey Medical Center. http://pennstatehershey.adam.com/content.aspx?productid=117&pid=1&gid=002402. Published 2019. Accessed July 19, 2020.
  5. Fares J, Fares Y, Fares M. Musculoskeletal neck pain in children and adolescents: Risk factors and complications. Surg Neurol Int. 2017;8(1):72. doi:10.4103/sni.sni_445_16
  6. Family Media Use Plan. HealthyChildren.org. https://www.healthychildren.org/English/media/Pages/default.aspx. Published 2020. Accessed July 19, 2020.
  7. Hill DL. Social Media: Anticipatory Guidance. Pediatr Rev. 2020;41(3):112-119. doi:10.1542/pir.2018-0236
  8. American Academy of Pediatrics. https://www.aap.org/en-us/Documents/soim_presentation_pedssupplements.pdf. Published 2020. Accessed July 19, 2020.
  9. Kozeis N. Impact of computer use on children's vision. Hippokratia. 2009;13(4):230-231.
  10. Lin LY, Sidani JE, Shensa A, et al. Association between social media use and depression among U.S. young adults. Depress Anxiety. 2016;33(4):323-331. doi:10.1002/da.22466
  11. Maghbooli M, Golipour F, Moghimi Esfandabadi A, Yousefi M. Comparison between the efficacy of ginger and sumatriptan in the ablative treatment of the common migraine. Phytother Res. 2014;28(3):412-415. doi:10.1002/ptr.4996
  12. Magnesium Citrate | Michigan Medicine. Uofmhealth.org. https://www.uofmhealth.org/health-library/d01008a1. Published 2020. Accessed July 18, 2020.
  13. Munzer TG, Miller AL, Weeks HM, Kaciroti N, Radesky J. Parent-Toddler Social Reciprocity During Reading From Electronic Tablets vs Print Books [published online ahead of print, 2019 Sep 30]. JAMA Pediatr. 2019;173(11):1076-1083. doi:10.1001/jamapediatrics.2019.3480

AVISO LEGAL: Este blog não tem a intenção de fornecer diagnóstico... Saiba mais